Numa noite chata de sábado, nada pra fazer, nenhum filme interessante na TV... a salvação é a internet. Tento me conectar ao Velox, e nada. Ligo pro suporte técnico:
- Oi-Velox, boa noite, Alexandre. Com quem eu falo?
- Boa noite. Aqui é Marcella. Estou com problemas na minha conexão.
- Pois não, senhora Marcella. Qual é o erro apresentado?
Como sou uma idiota de internet, o pobre do rapaz levou alguns vários minutos para diagnorticar o meu problema. E vieram as instruções para solucioná-lo:
- Sra. Marcella, abra a janela tal... agora clique nesse botão... depois naquele...
Entre uma instrução e outra, ocorria um intervalo (até que eu entendesse o que era pra ser feito realmente) e um silêncio constrangedor ao telefone. Para minimizar o sofrimento do rapaz, que num sábado a noite tinha que aturar verdadeiras malas como eu, eu tentava ser simpática:
- Vocês funcionam em esquema de plantão? Como é escolhido quem trabalha nos finais de semana? Tem rodízio, ou algo assim?
Ao final da saga, tudo resolvido. Minha internet estava pronta pra me fazer companhia durante toda a madrugada.
- Então, sra. Marcella... mais alguma coisa em que posso ajudá-la?
- Não, obrigada e boa noite.
- A Velox agradece, tenha uma boa noite.
Coloco o telefone no gancho. Menos de 5 minutos depois, ele toca:
- Alô, Marcella? Aqui é o Alexandre, da Velox. Estou ligando do meu celular. Vou terminar o plantão daqui a meia hora, e queria saber se você não quer sair comigo...
Silêncio. Como assim??? Que cara de pau!!! Que invasão de privacidade!!!
- Olha, eu não quero sair com você. E me deixe em paz, senão eu te denuncio pra Velox e você perde o emprego!
Eu, heim!!!
Essa história é verídica. Só troquei o nome do sujeito, porque era muito esquisito e eu não me lembro mais.